A sustentabilidade urbana deve estar vinculada a gestão democrática das cidades. Em realidade pode-se afirmar que a gestão democrática das cidades representa a única possibilidade de que os instrumentos de política urbana não sejam apenas ferramentas a serviço de concepções tecnocráticas, mas sim verdadeiros instrumentos de promoção do direito à cidade para todos, sem exclusão.
Ao longo das três ultimas décadas tem se verificado um significativo crescimento populacional em Teresina. Entre 1970 e 1980 a população urbana passou de 181.062 habitantes para 339.042 habitantes, representando um incremento de 87,26%. Entre 1980 a 1991, o crescimento foi de 63,99%, passando de meio milhão de habitantes. A população atual, de acordo com a última contagem da IBGE (2009) é de 802.537 habitantes.
O percentual da população urbana em relação ao total da população passou de 82,12% em 1970 para 92,92% em 1991. Esse acelerado crescimento demográfico situa-se muito acima da capacidade de suporte da infra-estrutura social e econômica da cidade, gerando problemas para as administrações municipal e estadual, em função da pressão que esse contingente humano exerce sobre o poder público por emprego, moradia, saneamento, energia elétrica, saúde, educação, transporte e segurança.
Mas este crescimento tem se dado de maneira desordenada produzindo significativo aumento das inundações em Teresina.
A população passou a ocupar áreas ribeirinhas causando prejuízos ambientais; sociais e econômicos, principalmente em razão da ocupação desordenada das margens dos rios e impermeabilização do solo de bacias urbanas e condicionantes naturais topográficos
Através da analise de imagens de satélite e de mapas topográficos foi possível relacionar a ocorrência de enchentes e inundações a ocupação de áreas irregulares e de declividade do relevo. Conforme podemos observar na imagem abaixo, o Rio Poty, que corta o perímetro urbano de Teresina, esta localizado em cota de 60 metros em relação ao nível do mar.
